segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Diante da pesquisa de observação feita na escola, percebemos algumas ações que indicam a violação dos direitos humanos. A seguir iremos descrever algumas situações encontradas no contexto da escola pesquisada.
Algumas pessoas chegam a escola em busca de vagas para seus filhos por motivos diversos, como por exemplo: transferidos de outra cidade ou outro bairro; e na maioria das vezes, as escolas dizem não possuir vagas disponíveis, pois as salas de aula se encontram superlotadas. Isso causa uma preocupação aos pais que, às vezes, precisam buscar vagas em escolas de outros bairros distantes, o qual dificultará a sua vida. Essa situação demonstra que a escola não está aberta a promoção dos direitos humanos do aluno.
Outro caso encontrado está relacionado aos alunos indisciplinados que muitas vezes são deixados à margem das atividades da sala e até mesmo da escola. Esse aluno teria direito a uma atenção especial, que o levasse a melhorar a sua aprendizagem e o seu comportamento. Porém, é excluído, sendo-lhe negado esse direito.
A falta de investimento na Educação Especial também caracteriza uma violação dos direitos humanos, pois há a necessidade de preparação e aperfeiçoamento dos professores para trabalhar com esses alunos e adaptação dos prédios escolares para receber essa clientela.
Dessa forma, percebemos que há muitas situações visíveis de desrespeito entre toda a comunidade escolar. Há muito que se fazer para que os direitos humanos sejam realmente respeitados no cotidiano escolar.
É preciso que seja feito um trabalho que venha conscientizar todas as pessoas, principalmente as que compõem o corpo da escola para que percebam a importância de respeitar os direitos uns dos outros. Os cursos de aperfeiçoamento no momento é uma ótima oportunidade para a busca das informações necessárias a esse trabalho.



Conceito de Gênero, Etnia e Raça: Reflexões sobre a Diversidade culturas na educação escolar.

A população brasileira é formada de brancos, negros e índios, e a mistura desse povo gerou uma nação de mestiços. Mas esse processo não impediu que as diversas culturas desses povos permanecessem vivas com o passar do tempo, isso só afirma que somos um país com uma grande diversidade cultural. Na realidade é perceptível que essa diversidade não é aceita, pois ainda podemos ver exemplos nos livros didáticos em que os conteúdos são apresentados com um modelo familiar o homem branco e heterossexual, enquanto atualmente a estrutura familiar, na maioria das vezes não é bem essa.
Nos livros didáticos e nos currículos escolares ainda retrata uma sociedade em que os negros, os indígenas e as mulheres são inferiores a outros grupos sociais, esse preconceito provoca uma rejeição de um grupo a outros grupos, caracterizando a exclusão. Respeitar a diversidade não é apenas tolerar o outro ou admitir a diferença, mas também questioná-la, a fim de reconhecer como ela está constituída.
A expressão gênero surgiu para diferenciar homens e mulheres, essa diferença biológica é apenas o ponto de partida para a construção social do que é ser homem ou ser mulher. Mas o gênero é atribuído à construção social e histórica, refere-se às relações sociais do feminino e do masculino.
Em nossa sociedade o termo raça é utilizado para informar as características físicas como cor da pele, tipo de cabelo ou traços fisionômicos, e geralmente determina o destino ou o lugar social dos sujeitos. Em sala de aula, o tema deve ser trabalhado de maneira que busque valorizar as características físicas e culturais de cada grupo.
O termo étnico é imprescindível para esclarecer que o individuo pode ter características físicas idênticas, traços sociais e culturas diferentes. É na sala de aula que se pode trabalhar criticamente os conceitos de gênero, raça e etnia, de modo que desperte no educando o desejo de quebrar os padrões de exclusão instituídos na sociedade.
Geralmente, as mulheres, os negros e os indígenas são representados nos livros didáticos como se fossem menos capazes que os outros grupos. É através da Educação que podemos reverter este conceito, efetivando uma pedagogia da valorização das diferenças, defendendo uma educação que questiona os conceitos sociamente construídos.
Concluindo, refletir a diversidade cultural na prática escolar é uma ação necessária para que todos percebam e valorizem a diferença, respeitando as diferentes culturas dos diversos grupos sociais do nosso país.


Maria de Fátima Miranda Silva

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