terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PLATAFORMA MOODLE
Percebe-se que a plataforma moodle tem uma importância fundamental no sistema a distância, pois, nela está contido todos os comandos para o desenvolvimento dos cursos e posteriormente o bom andamento das aulas e o sucesso de seus professores ( distância e presencial ) e dos alunos inscritos nos diversos cursos que hoje podemos frequentar através da educação à distância; assim sendo, a plataforma moodle promove a reflexão crítica bem como o conhecimento em grupo de forma colaborativa uns para com os outros, criando assim uma cultura de compartilhamento. Então pode-se dizer que a plataforma moodle é um ambiente de aprendizagem virtual que possibilita a rápida troca de conhecimento e informações entre alunos e professores, não somente aproximando as pessoas mas promovendo uma reflexão profunda de seus conhecimentos e conceitos já existentes.
O moodle possui ferramentas de comunicação, de avaliação, de disponibilização do material e conteúdos, de administração e organização; dentro dessas ferramentas usamos: fóruns de atividades e notícias, salas de bate-papo, testes e pesquisas de opiniões online, enviando e compartilhando materiais de estudo, coletando e revisando tarefas, registrando notas. Com todas essas ferramentas o professor e os alunos podem acessar o sistema de qualquer lugar onde haja computador e internet.
Devemos lembrar que a internet promoveu essa revolução na educação, e usando de suas vantagens para a promoção desse ensino e aprendizagem sem dispensar a necessidade do professor. Nesse sentido a plataforma moodle tem contribuindo fundamentalmente na promoção da igualdade de direitos dos seus cursistas de todas as regiões que possuem dificuldades no acesso à escola, diminuindo as desigualdades sociais e aumentando os direitos a educação e comunicação através de tecnologias promovendo comunicação entre professores e alunos nas aulas presenciais, semi-presenciais ou não presenciais, maior flexibilidade em relação ao horário, pois, o aluno realiza seus estudos e atividades de acordo com o tempo que disponibiliza, tempo esse que por vários fatores contribuem para seu agravamento ficando cada vez mas restrito ( jornada de trabalho e deslocamento para outra localidade ).
Então pode-se concluir que a plataforma moodle e um importante conceito de educação à distância, pois, se dá no processo de formação constante de aprender e apreender sempre em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência e ampliando-a com novas informações e relações.

Exclusão digital: causas e efeitos.

Esta atividade me fez pensar mais sobre seu tema ( exclusão digital ), pois o uso de TICs ( tecnologias de informação e comunicação ) parece ser promissor e possui um potencial fantástico, Mas sabe-se que na realidade do Brasil a exclusão digital deve ser considerada ao se pensar no uso de novas tecnologias para que estas não venham a perpetuar a exclusão e criar um abismo ainda maior entre os que têm e os que não têm acesso às inovações tecnológicas; pode-se ter várias definições para a exclusão digital: afastamento de acesso às novas tecnologias da comunicação e informação, ou, todo e qualquer tipo de eliminação informacional que uma pessoa ou grupo social possa estar submetido. Sendo assim, a exclusão digital se refere às consequências sociais, econômicas e culturais da distribuição desigual no acesso a computadores e internet.
A exclusão digital e atualmente um tema de debates entre governos e organizações multilaterais ( ONU, OMC e ONGs ), estes debates criam políticas de inclusão digital que geram a criação de pontos de acesso à internet em comunidades carentes ( favelas, assentamentos ) e capacitação ( treinamento ) dos usuários de ferramentas digitais ( computadores, telefonia móvel ); pois, suas posições desprivilegiadas são excluídas digitalmente, pois não tem acesso à tecnologia. Essas políticas públicas podem aproveitar as novas tecnologias para melhorar as condições de vida do conjunto da população e dos mais pobres. Mas a luta contra a exclusão digital é, sobretudo, uma luta para encontrar caminhos para diminuir o impacto negativo das novas tecnologias sobre a distribuição de riquezas e oportunidades de vida; assim, não podemos negar que a relação entre exclusão digital e pobreza é uma realidade que acontece no Brasil e no mundo como um todo atingindo as partes mais pobres, onde ainda não chegaram computadores, internet, celular e etc; ficando assim à margem do fenômeno da informação e da expansão das redes digitais.
Pierre Levy ( filósofo frânces, pensador da área de tecnologia e sociedade ) afirmou que: “ toda nova tecnologia cria seus excluídos “. Com essa afirmação não esta atacando tecnologia, mas quer lembrar que, por exemplo, antes dos telefones não existiam pessoas sem telefone, do mesmo modo que, antes de se inventar a escrita não existiam analfabetos, com isso, vê-se claramente que apenas o acesso às mídias e tecnologias de informação e comunicação não é suficiente para assegurar aos cidadãos a efetivação de seus direitos e o exercício de uma cidadania plena, no entanto, o não acesso agrava ainda mais o quadro de exclusão e desigualdade social, e em consequência a exclusão digital.
A exclusão digital não se refere a um fenômeno simples, não se limita ao universo daqueles que têm versus ao daqueles que não têm acesso a computador e internet, contudo, esse pensamento por vez só mascara os múltiplos aspectos da exclusão digital , em fim, tal problemática apresenta-se como um dos grandes desafios deste início de século, com importantes consequências nos diversos aspectos da vida humana, pois, as desigualdades há muito sentida por pobres e ricos entram na era digital e tendem a se expandir com a mesma aceleração das novas tecnologias.
Se pararmos e fazermos uma reflexão profunda sobre a exclusão digital, descobrimos que estamos inseridos nela também, se não podemos ter acesso a computador, internet, telefone e etc, não interagimos com o resto da sociedade, mas não é preciso pensar muito para descobrirmos a causa principal dessa exclusão digital; querendo ou não o poder aquisitivo e o carro chefe dessa problemática, pois os produtos de IC ( informática e comunicação ) são caros, e isso faz com que os ricos dominem primeiramente a nova era, enquanto os pobres ficam em desvantagem. Mas os ricos também ( nem todos ) estão inseridos nessa exclusão digital, porque o que adianta ter e não saber usar, ou seja, ter só por ter.
No dia a dia percebo que tanto na vida pessoal quanto na profissional eu e outras tantas pessoas estamos inseridas nessa classe em desvantagem, pois, não sou remunerada ao suficiente para me interagir na inclusão, e no profissional não tenho suportes para desenvolver melhor meu trabalho e colaborar mas expressivamente com as colegas que convivo diariamente. Na escola que trabalho como orientadora pedagógica não temos nem uma simples máquina de escrever, quem dirá um computador, neste ano com ajuda dos pais conseguimos adquirir 1 TV, 1 DVD e 1 micro-sistem, fora isso só tinha um velho mimeografo, máquina de xerox é uma utopia, computador e internet passaram muito longe, e com isso, ficamos todos ( professores e alunos ) inseridos nessa exclusão digital em pleno século XXI.
Outro efeito dessa nítido dessa exclusão digital vejo de perto nesse curso, pessoas que não tem conhecimento suficiente sobre as ferramentas da plataforma moodle para desenvolver suas atividades e participarem em igualdade com os demais colegas; e o que percebo e que possuem as mesmas causas que eu: má remuneração que impossibilita a aquisição dos materiais tecnológicos que devemos usar para estarmos incluídos digitalmente na sociedade de hoje; e devido a ela temos que dobrar nossa jornada de trabalho, pois, temos responsabilidades a arcar e com isso se vi levando até chegar ao ponto em que nos encontramos, ou seja, em pleno século XXI somos considerados analfabetos funcionais; porque, o mercado de trabalho de hoje exige pessoas formadas e com conhecimentos em informática, não apenas o conhecimento mas sobre tudo como manusear com habilidade e naturalidade tais ferramentas.

Núbia Gomes de Souza

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