domingo, 28 de fevereiro de 2010

Dignidade sexual e diversidade humana

Dignidade sexual e diversidade humana

A sexualidade humana se manifesta por meio de padrões culturais historicamente determinados. No Brasil ela é marcado por claros antagonismos e concilia valores morais como a virgindade e a castidade a exaltação da sensualidade carnavalesca. alem disso, diversos discursos morais e ideológicos sustentam a intolerância diante de comportamentos, praticas e vivências da sexualidade que não estão em conformidade com o padrão heterossexual e patriarcal da nossa sociedade.A educação, um dos maiores instrumentos de empoderamento, deve ser trabalhada como meio de reconhecimento e afirmação dos direitos humanos e da diversidade existente entre as pessoas.
É a partir da educação que é possível incluir essa imensa parcela da população brasileira no desenvolvimento, garantindo-lhe o pleno exercício da cidadania. Entretanto, para que se possa dar efetividade a essa proposta de educação inclusiva, faz-se imperioso garantir o acesso a uma educação de qualidade, pluralista e emacipatoria, que possibilita a formação acadêmica, cientifica, cultural e humanista, estimula a curiosidade, a criatividade e a busca por aprimoramento.
A educação inclusiva ultrapassa a valorização do dialogo com o “outro” alcançando, necessariamente o respeito à pessoa, independentemente de sua orientação sexual, estimulando a convivência harmônica entre as diferentes, objetivando que essa diferença não seja usada como forma de autorizar desigualdades, inferiorização, silenciamentos, constrangimentos, insultos e agressões. Afinal, tem-se que compreender que a diversidade e eminentemente pedagógica.
Reconhecendo essa necessidade o Estado brasileiro, por meio dos parâmetros curriculares nacionais, afirma:
As manifestações de sexualidade afloram em todas as faixas etárias. Ignorar, ocultar ou reprimir são as respostas mais habituais dadas pelos os profissionais da escola. Essas praticas se fundamentam na idéia de que o tema deve ser tratado exclusivamente pela família. De fato, toda família realiza a educação sexual de suas crianças e jovens, mesmo aquelas que nunca falam abertamente sobre isso. O comportamento dos pais entre si, na relação com os filhos, no tipo de “cuidados” recomendados, nas expressões, gestos e proibições que estabelecem são carregados de determinados valores associados a sexualidade que a criança aprende.
maria de fatima correa sousa

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