terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Educar para a diversidade

Falar em educação de qualidade e sobre os direitos humanos é, não só, considerar os avanços na legislação e proteção à liberdade da família humana, mas também, lembrar das injustiças praticadas, ao longo do tempo, contra as mais variadas classes sociais, dentre elas, com maior ênfase, mulheres, crianças, idosos e negros, este último, tem sua maioria formada de pobres, resultado de um grande período de sofrimento, segregação racial, discriminação e preconceitos espalhados pelo mundo.
Nossa tarefa na pesquisa tem sido procurar perceber a violação dos direitos humanos, foi feita a partir de questionários aplicados aos alunos e profissionais da escola na Escola Municipal Luzilaide Santos, localizada em conceição do Araguaia-Pa.
Na pesquisa realizada na referida escola, que tem uma clientela na faixa etária de 05 anos 18 anos, revelou que os direitos humanos, muitas vezes são violados por manifestações de racismo, discriminação, por parte dos professores, de alunos, da equipe técnica, ainda que de forma de maneira involutária ou inconsciente, essas atitudes traz consigo obstáculos ao processo educacional. A pesquisa mostra que o preconceito não é isolado. A sociedade é preconceituosa, logo a escola também será.
Num país como o nosso, onde as raças se misturam, onde o multiculturalismo é visível aos olhos de quem quiser ver, é necessário que as escolas atendam todo tipo de diferença, tendo em vista o processo de mudança que vem ocorrendo na sociedade. O “diferente” torna-se muito mais presente no nosso dia a dia, visto que a cada lugar que freqüentamos encontramos alguém diferente, seja com um visual, aparência, sexo, deficiência, cultura, etnia entre outros. Assim, acreditamos que desde a Educação Infantil, os programas educacionais devem estar voltados à diversidade, para que a criança aprenda a respeitar, viver e construir conceitos e conhecimentos para a sociedade a qual fazem parte.
Neste sentido, a valorização, a liberdade e o respeito ao direito do homem são ingredientes fundamentais para o bom funcionamento da sociedade, no entanto, para que isto aconteça é necessário que haja compreensão entre as pessoas e que a justiça impere, atribuindo a cada cidadão o que lhe é de direito.

Em fim, mudar não é tarefa fácil e todo. E somente através desta prática (trans)formadora nas escolas que poderemos construir uma sociedade mais justa, que inclui e não exclui, que perceba a escola como espaço de construção, através da valorização das individualidades, do respeito para com as diferenças, com a cultura de cada um, onde a educação é o elemento essencial para um mundo melhor.


* Célia Maria Guimarães de Oliveira

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