sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Conceitos de gênero, etnia e raça reflexões sobre a diversidade cultural na educação escolar

TAREFA 01
RESUMO
Ao tratar a questão da diversidade cultural, Anete Abramowicz (2006) diz que todo o brasileiro vive uma situação no mínimo, inusitada. De um lado, há o discurso de que nós somos um povo único, fruto de miscigenação e mestiçagem, que gerou uma nação singular com indivíduos culturalmente diversificados. De outro, vivemos em nossas relações cotidianas inúmeras práticas preconceituosas, discriminatórias e racistas em relação a alguns seguimentos da população, como, as mulheres, os indígena e os afro-descendentes.
Reconhecer que somos diferentes para estabelecer a existência de uma diversidade cultural no Brasil, não é suficiente para combater os estereótipos e os estigmas que ainda marginalizam milhares de crianças em nossas escolas e milhares de adulto em nossa sociedade.
Reconhecer a diferença é questionar os conceitos homogêneos, estáveis e permanentes que excluem o ou a diferente. Para tanto; é preciso desconstruir, pluralizar, ressignificar, reinventar identidades e subjetividades, saberes, valores, convicções, horizontes de sentidos. Somos obrigados a assumir o, múltiplo, o plural, o diferente, o híbrido na sociedade como um todo (Maria Vieira Candau, 2005).
Antes de tolerar, respeitar e admitir a diferença é preciso explicar como essa diferença é produzido e quais são os jogos de poder estabelecido por ela. Como nos alerta Tomaz Tadeu da Silva (2000), a diversidade biológica pode ser um produto da natureza, mas o mesmo não se pode dizer sobre a diversidade cultural, de acordo com o autor, a diversidade cultural não é um ponto de origem, ela é em vez disso um processo conduzido pelas relações de poderes constitutivos da sociedade que estabelece ‘’outro’’ diferente do ‘’eu’’e ‘’eu’’ diferente do ‘’outro’’ como uma forma de exclusão e marginalização.
Compreendemos que o discurso por meio da afirmação de conceitos essencialistas não historicizados, é incapaz de perceber os processos de mudanças e de transformações sociais que padronizam os diversos grupos sociais.
Os professores que percebem em sua ação pedagógica com os de gênero, raça e etnia são socialmente usados para marginalizar o ‘’outro’’ estão de fato, contribuindo para a constituição de uma diversidade cultural que não seja apenas tolerante, mas que perceba que “eu’’ e o ‘’outro’’ temos os mesmos diretos e devemos ter a mesma representatividade, tanto nos conteúdos escolares quanto nas instituições sociais.
O termo étnico é fundamental para demarcar que o individuo pode ter a mesma cor da pele que o outro, o mesmo tipo de cabelo e traços culturais e sociais que os distingue, caracterizando assim etnias diferentes.
Segundo Petronilha Beatriz Silva (Brasil, 2004), tem uma conotação política e é utilizado com freqüência nas relações sociais brasileiras, para informar características físicas, e até mesmo determinar o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira.
Ensinar que a diferença pode ser bela, que a diversidade é enriquecedora e não pode ser sinônimo de desigualdade, pode evitar ações como essa da história do livro O menino que queria mudar de cor. Com isso, rompemos com as verdades socialmente construídas de que para ser belo tenho que ser branco e ser magro.

Cristina de Sousa Coelho

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